sábado, 17 de janeiro de 2009

Quarentena

Uma única câmera na mão, pessoas presas em um prédio infectado por um vírus desconhecido, sustos e sangue. A versão americana da fita espanhola de terror chega com poucas mudanças.

O cinema já foi invadido várias vezes pelos mortos-vivos. Em 2007 foi a vez do terror espanhol [REC] com uma fórmula sem novidades mas curiosa. O filme foi sucesso no país de origem e há alguns meses esteve em exibição nos cinemas brasileiros. Agora, logo em seguida, já chega por aqui a sua regravação norte-americana como Quarentena.
Na história, uma jovem repórter, Angela Vidal (interpretada por Jennifer Carpenter), que apresenta um programa sobre a vida de trabalhadores noturnos, e seu operador de câmera, Scott Percival, acompanham por uma noite a rotina dentro do Corpo de Bombeiros. Um chamado então os leva à um antigo prédio onde uma senhora se encontra em estado perturbador. Ao tentarem atendê-la, um policial é atacado por ela e o clima de tensão começa, somando-se ainda ao fato de as autoridades lacrarem o prédio, impedindo que qualquer um entre ou saia. Angela e Scott decidem então filmar tudo para que o mundo possa ter conhecimento dos horrores que se passam ali dentro. Do início ao fim, o filme todo é captado pela câmera de Scott. Pouca coisa mudou na refilmagem. A história continua a mesma desde o início descontraído ao final que atinge o ápice da tensão. Claro que algumas outras cenas foram acrescentadas (o que inclui mais ataques e sangue), sem necessidade alguma. Assim como [REC], Qurentena não tem muitas intenções sem ser a de assustar e perturbar o público. Efeito porém que o original espanhol consegue melhor. Grande parte da tensão se deve ao estado de pânico em que a reportér se aprofunda, e nesse ponto a americana Jennifer Carpenter não perde muito para a espanhola Manuela Velasco, que inclusive chegou a ganhar um prêmio no Goya como Melhor Atriz revelação pelo filme.
Mesmo sendo praticamente idêntico ao original, Quarentena deixa escapar um pouco o clima que [REC] atingiu. A fita inteira sob a visão da câmera, as locações reais e todo o contexto conseguem perder para o original. Quem já assistiu [REC] e gostou provavelmente achará o original melhor mas, no geral, Quarentena consegue garantir bons sustos e diversão.



por A.L

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