segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Bela Junie

O novo filme de Christopher Honoré trata dos desencontros e fatalidades que envolvem o amor. Inspirado no romance La Princesse de Clèves, de Madame de La Fayette, escrito no século 17, o drama tem um clima muito parecido com sua última fita Canções de Amor (Les Chansons d'Amour), o que inclui o ator Louis Garrel novamente no elenco. Exibido anteriormente no 7º Festival Varilux de Cinema Francês.

Mas não se precipite. Mesmo com um elenco bastante jovem e uma história ambientada em um colégio, este filme não tem nada de aventuras adolescente, líderes de torcida e garotos populares. O clima delicado e envolvente caminha mais à tristeza e à fatalidade do que à uma aventura romântica. Em A Bela Junie, Honoré mantém o clima de sua última fita, Canções de Amor. E isso também inclui, mesmo que em uma pequena ponta, os atores Gregóire Leprince-Ringuet, Clotilde Hesme, Alice Butaud e Chiara Mastroiane, além é claro do belo e talentoso Louis Garrel. Mas dessa vez o centro é a iniciante Léa Seydoux, que interpreta Junie. Na trama, Junie se muda para um novo colégio, em Paris, e em meio aos novos colegas, conhece o tímido e poético Otto (Leprince-Ringuet), que tão logo se apaixona por ela. Junie então começa aulas de italiano lecionadas pelo professor Nemours (Louis Garrel), um mulherengo e galantedor. O professor também se encanta pela aluna e a partir daí desventuras e tragédias levam a trama.
Envolvente e melancólico, Honoré filma Paris, o amor e a tristeza com uma fórmula característica, que pode não ser inovadora, mas que agrada novamente. Há destaque também para a trilha sonora que embala o drama e sustenta o clima.
Para quem assistiu e se encantou com Em Paris e Canções de Amor, A Bela Junie é a chance de se envolver novamente. Para aqueles que ainda não experimentaram do clima e da temática de Honoré, essa pode ser uma boa oportuniade.



Por A.L



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